Janeiro | 2022

A maior constituição

Octávio Caúmo Serrano

ocaumo@gmail.com

O grande pecado dos humanos do nosso planeta é não terem entendido que o Evangelho é Lei

 

Cada país tem a sua carta magna; ela regula a vida dos seus concidadãos, estabelecendo as regras de convivência: direitos e deveres. Variam no conteúdo, mas são iguais na essência, que é manter a paz e o respeito entre as pessoas.

Na esfera divina também há uma constituição que vale para todos os globos, que é fundamentada na Lei da Criação, que é a Lei de Deus. No caso da Terra, o redator dessa constituição para fazê-la chegar até nós foi Jesus de Nazaré, o Filho do Homem. É conhecida como Evangelho ou Boa Nova. Registra em seus capítulos e versículos, como se fossem artigos e seus parágrafos e incisos, tudo o que determina a Lei Universal.

O grande pecado dos humanos do nosso planeta é não terem entendido que o Evangelho é Lei, e se o homem não a cumpre sofre as consequências. O Evangelho não sugere, não aconselha nem propõe; ele decreta. Quando diz “ama o próximo como a ti mesmo”, afirma que não temos saída. Só amando nos livramos das inferioridades e crescemos espiritualmente. Só quando banirmos ódios, mágoas, rancores e desejos de vingança, por mais que acreditemos ter razão, é que ficaremos de alma limpa, libertando-nos das inferioridades. Contudo, só agiremos assim se acreditamos na eternidade da vida e que somos herdeiros de nós mesmos, cabendo a cada um saldar suas próprias dívidas.

Na constituição dos homens não lemos que o presidente se sentiria muito feliz se pagássemos os tributos com honestidade e pontualidade. O país decreta valores e prazos que temos de cumprir, sob pena de incorrer em multas, processos e prisões. Dá-se o mesmo com a constituição divina. É lei que não admite barganhas, pois como diz a redação dada por Jesus, ninguém sairá daqui (da inferioridade) enquanto não pagar até o último centavo. E não adianta querer livrar-se pela morte, porque a dívida vai junto e volta para ser quitada numa nova encarnação, com juros e correção monetária. Volta em forma de reajuste, do jeito que ficou pendente, quando, é possível, teremos até menos condições para o resgate. Apesar de contarmos com a misericórdia da nova encarnação, não é inteligente adiá-la. E ela não admite “jeitinho” ou privilégios. Ninguém conte com padrinhos, porque não funcionam na espiritualidade. Lá todos são iguais — mesmo! —perante a lei.

É curioso quando ouvimos palestrantes dizerem que Jesus quer que sejamos fraternos, que nos ajudemos, que melhoremos. Penso que ele gostaria que agíssemos assim, mas ele sabe que cedo ou tarde teremos de ser assim. Lembro-me de que quando ingressei no Espiritismo, lá por 1970, eu ouvia muito a expressão “temos de trabalhar para Jesus”. Depois entendi que temos de trabalhar para nós, tendo Jesus como o caminho, a verdade e a vida, ou seja, usando seu Evangelho como roteiro. As receitas são claras e não as segue quem não quer, ou, masoquista que é, insiste em sofrer quando poderia facilmente ser feliz.

Adentramos um Ano Novo. Deveríamos incluir em nossas programações ser um pouco menos orgulhosos, arrogantes e pretensiosos. E, por que não, um pouco mais humildes, fraternos e caridosos. É hora de ouvir Sócrates. Comecemos a conhecer-nos!

Feliz 2022!

janeiro | 2022

MATÉRIA DE CAPA

O Clarim – janeiro/2022

Jesus é o maior exemplo e o Evangelho o melhor roteiro de evolução

Lista completa de matérias

 Honestos aos olhos de Deus

 Direito de errar

 As duas imprescindíveis alavancas do processo evolutivo

 Solidão… dor da alma!

 Diferentes tipos de médiuns escreventes

 Por que precisamos amar o próximo?

 A morte, troféu da vida

 Medo de partir

 O encontro no cemitério

 Vida nova

 Alvorada

 A maior constituição

 Jesus, guia e modelo aos homens